No dia 16 de fevereiro a Confederação Brasileira de Badminton-CBBd divulgou o Ranking Nacional de 2015 e que servirá de ranking de entrada deste ano.
Link do Ranking Nacional: http://www.badminton.org.br/admin/upload/documentos/98cdc5f281.pdf
O atual sistema de ranking utilizado pela CBBd (o 52K) foi implantado pelo antigo diretor do parabadminton, este sistema utiliza as competições durante ás últimas 52 semanas, ou seja, a próxima atualização do ranking irá considerar os resultados desta etapa de São Bernado dos Campos e as outras 3 últimas etapas de 2015.
A pontuação utilizada é a seguinte:
1º lugar: 1600 pontos, 2º lugar: 1360, 3º: 1120, do 5º ao 8º: 880 e assim por diante.
Comentário: Não sei se este é o melhor sistema de ranking, creio que deveria ser debatido com a comunidade do parabadminton, por exemplo: não tem critérios de desempate e não contempla outras especifidades visto que foi copiado do badminton. Ainda bem que o atual diretor (ou gestor como a Cbbd se refere ao) Cristiano Chew consertou a discrepância que o ranking cometia com as duplas.
Para compor o Ranking foram consideradas as seguintes etapas:
I ETAPA - Campinas-SP
II ETAPA - Acarajú-SE
III ETAPA - Toledo-PR
IV ETAPA - Brasília-DF
Ao todo, tivemos a participação de 60 para-atletas sem incluir os atletas da SI9, penso que temos que comemorar este número, pois ele é maior que de muitos países da Europa por exemplo. Estes 60 atletas são oriundos de 10
estados brasileiros (CE, DF, PB, PE, PI, PR, RJ, SC, SE e SP), sendo divididos
da seguinte forma:
Realizando uma analise mais aprofundada do ranking temos a seguinte tabela, atletas divididos por classes e gêneros.
Então, tivemos 26 para-atletas das classes wheelchair e 34 das classes Standing, podemos realizar uma analise mais profunda e tirarmos algumas conclusões e indicativos para ações futuras.
1 - Algumas classes estão com poucos atletas, estratégias de captação são necessárias. A classe SL3 , WH2 e principalmente a SS6 necessitam deste olhar diferenciado.
2 - A quantidade de praticantes do sexo feminino ainda é muito baixo em todas as classes.
3 - A pouca quantidade de atletas mascara um nível baixo que algumas classes tem e podem ocorrer situações como alguém ser convocado para uma competição internacional por liderar um ranking, mesmo sendo único da classe ou mesmo porquê os adversários são iniciantes.
4 - Uma ação muito importante é incluir a modalidade nas paralimpíadas escolares, para isso teremos que trabalhar com crianças, entrar na escola é fundamental.
5 - Um outro tema delicado e muito importante é a BOLSA ATLETA FEDERAL, para receber tem algumas condições como por exemplo:
A) Ficar entre os 3 primeiros (tem classes que não tem 3 atletas)
B)e outro importante quanto, ter NO MÍNIMO PARA-ATLETAS DE 5 ESTADOS DIFERENTES, ou seja, então teremos que ter no mínimo 5 para-atletas por classes e eles ainda devem ser de estados diferentes), essa questão vai inviabilizar quase todas as classes, conforme apresentado no quadro abaixo:
A) Ficar entre os 3 primeiros (tem classes que não tem 3 atletas)
B)e outro importante quanto, ter NO MÍNIMO PARA-ATLETAS DE 5 ESTADOS DIFERENTES, ou seja, então teremos que ter no mínimo 5 para-atletas por classes e eles ainda devem ser de estados diferentes), essa questão vai inviabilizar quase todas as classes, conforme apresentado no quadro abaixo:
O quadro acima nos mostra que temos apenas 05 classes com mais de 5 para-atletas, porém quando analisado a quantidade de estados, apenas duas classes receberiam a bolsa atleta federal.
A classe WH2 fica com a quantidade mínima de estados, mas quando observamos esta primeira etapa (2016) acendemos uma luz de alerta, pois o atleta de São Paulo não participou desta etapa (praticamente em casa) e sabemos que para os atletas da Paraíba e de Pernambuco a distância é um inimigo.
A classe SU5 é a classe mais "tranquila" com 7 estados e um total de 9 para-atletas praticamente 1 por estado.
Os atletas que seriam indicados para pleitear as bolsas:
Classe WH2
Rômulo Soares - Distrito Federal
Osvaldo Clema Jr - Pernambuco
Roberto Carlos Barbosa - Distrito Federal
Classe SU5
Geraldo Oliveira - Distrito Federal
Eduardo Oliveira - Rio de Janeiro
Ricardo Cavalli - Santa Catarina
Uma alternativa seria o ranking de duplas conforme o quadro abaixo porque em alguns casos as classes são somadas.
Então, como disse acima, as duplas seriam uma "possível solução"só que no fim isso não se concretizou.
A única mudança foi que os atletas da WH1 se beneficiariam com essa junção e os indicados seriam:
Classe WH1/WH2
Carlos Hessel - Distrito Federal
Marcelo Alves - Distrito Federal*
Rômulo Soares - Distrito Federal*
Rodolfo Cano - São Paulo*
* Como mencionei antes, o ranking tem que passar por algumas reflexões, pois neste caso não existem critérios de desempates e temos um problema, três atletas com a mesma pontuação.
Classe SU5
Ricardo Cavalli- Santa Catarina
Geraldo Oliveira - Distrito Federal
José Artur Nogueira - Piauí
CONSIDERAÇÕES:
1 - POR TUDO APRESENTADO ANTERIORMENTE, A FORMA COMO ERA REALIZADO O RANKING DE DUPLAS NA GESTÃO PASSADA DO PARABADMINTON ERA "UM TIRO NO PÉ", ainda bem que a atual gestão corrigiu a forma do ranking de duplas.
2 - UM ATLETA A MENOS NA COMPETIÇÃO PODERÁ SIGNIFICAR 3 BOLSAS ATLETAS EXTINTAS.
3 - O "mimimi" que alguns atletas ficam quando realizamos algumas competições ABSOLUTAS (JUNTANDO CLASSES), afirmando que são injustas e que com isso podem não garantir medalhas, mas me pergunto, o QUÊ É MAIS IMPORTANTE? MEDALHA ou BOLSA (dinheiro)?
Quando analisamos por estado os lideres do ranking em cada classe, o DISTRITO FEDERAL apresenta um resultado impressionante com quase 50% das lideranças possíveis conforme apresentado no quadro a seguir:
Quando houve mais de um atleta na liderança, eles foram contabilizados individualmente por não existir critérios de desempate.
OBS. Os três estados com mais representantes, por coincidência (ou não), eles sediaram etapas nacionais de parabadminton.
APRESENTANDO O RANKING
WH1 MAS
Esta classe terminou com dois atletas empatados na primeira posição, o campinense Rodolfo Cano e o brasiliense Marcelo Alves, foram 4 finais neste ano, cada um ficou com duas vitórias e o ano começa com os dois fazendo a final hoje na primeira etapa de 2016.
WH1 FEM
Infelizmente não foi possível que as 4 atletas desta classe se encontrassem nas etapas, então tivemos empate.
WH2 MAS
O problema do WO que ocorreu na primeira etapa 2015 (Campinas-SP) não tirou a primeira posição do atleta Rômulo Soares (DF).
WH2 FEM
As duas atletas se enfrentaram em todas as etapas e a Laíse Lima venceu em todas.
SL3 MAS
A não participação do Leonardo Zuffo (PR) na última etapa em Brasília não atrapalhou a liderança no Ranking. Tivemos um empate na segunda colocação.
SL4 MAS
O brasiliense Serafim Marcelo apesar de não ter vencido nenhuma etapa terminou o ano líder do ranking devido a regularidade.
SL4 FEM
Infelizmente somente na primeira etapa que as três atletas desta classe se encontraram e foi exatamente este resultado que garantiu a liderança de Maiara Sales (Toledo-Pr)
SU5 MAS
É sem dúvidas a classe mais disputada na atualidade, mas a não participação do para-atleta Eduardo Oliveira na última etapa em Brasília custou caro e ele perdeu a liderança para o atleta Geraldo Oliveira (Distrito Federal)
SU5 FEM
A primeira brasileira medalhista em mundiais terminou o ano na frente de suas concorrentes.
SS6 MAS
Dhiego Guimarães (Pernambuco) teve grande evolução no seu jogo no último ano, porém não ter outros atletas o prejudicou muito.
DUPLAS
Para quem é acostumado com o sistema do badminton vai estranhar o ranking de duplas que é individual.
WH1/WH2
Após o mundial de 2013 em Dortmund-ALE ficou decidido que os jogos de duplas seriam inter-classes (ABSOLUTO), podendo jogar WH1 + WH1 ou WH1 + WH2.
Temos dois atletas do Distrito Federal na liderança deste ranking, não sei se pelo fato de serem uma dupla fixa ou de liderarem seus rankings de simples.
No feminino tivemos 4 atletas empatadas.
SL3/SL4
Esta classe também poderá ser misturada. SL3 + SL3 e Sl4 + SL3;
Leonardo Zuffo venceu todas as etapas que participou e manteve a liderança.
SU5
Esta classe não precisa misturar, mas outras composições são permitidas: SU5 +SU5, SL4 +SL4 e SL4 + SU5.
Ricardo Cavalli (SC) venceu todas as etapas em 2015 fazendo duplas com dois atletas diferentes, isso garantiu terminar o ano líder do Ranking.
DUPLAS MISTAS
WH1/WH2
SL3/SU5
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